Cortisol: por que ele é conhecido como hormônio do estresse?

O cortisol é um corticosteroide produzido no córtex (porção superior) das glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins. Esse hormônio, entre outras funções, atua nos processos inflamatórios, na resposta imunológica e no equilibro da pressão arterial, porém, o que lhe conferiu grande popularidade foi sua influência no controle do estresse.

Em condições normais, o cortisol é fundamental para o organismo, principalmente na adaptação e equilíbrio do corpo em resposta às variações do ambiente. Entretanto, a baixa concentração ou excesso desse hormônio no sangue por períodos prolongados pode trazer consequências graves à saúde, como discutiremos a seguir.

O cortisol e o estresse

Em situações de perigo ou estresse, o cortisol é responsável por transmitir impulsos nervosos ao hipotálamo (estrutura do sistema nervoso central responsável pelo equilíbrio das funções internas do corpo) que, por sua vez, promove uma série de respostas fisiológicas (como a produção de adrenalina e noradrenalina) que resultam no aumento da pressão arterial e da concentração do açúcar no sangue.

Essas alterações aumentam a oferta de energia para o cérebro e para os músculos, favorecendo a atenção e preparando o corpo para uma eventual fuga. Isso foi essencial para a sobrevivência dos nossos ancestrais antes do desenvolvimento da sociedade, uma vez que tinham de lidar com animais ferozes e fortes variações climáticas constantemente.

Hoje esse mecanismo continua exercendo seu papel nos prevenindo de ameaças, mas também nos ajuda a tomar decisões rápidas e a melhorar o desempenho em atividades físicas. Foi a rotina moderna, porém, que trouxe à tona um agravante.

No passado, o estresse era um fenômeno isolado a breves momentos de perigo. Hoje, entretanto, as pessoas vivem sob condições de estresse constantemente, e é justamente essa atuação demasiada do cortisol que revelou novas implicações relacionadas a esse hormônio que antes não eram comuns.

Cortisol alto

Os níveis de cortisol variam naturalmente ao longo do dia, de acordo com nossas atividades diárias. Durante a manhã, esses níveis geralmente são mais altos, mas vão diminuindo gradualmente ao longo do dia. Para quem trabalha durante a noite, porém, o processo é invertido.

O cortisol alto pode se dar pelo aumento da sua produção nas glândulas suprarrenais em resposta ao estresse agudo ou interferência de algum tumor. A alteração gerada nos níveis aumentados do cortisol é capaz de provocar grandes danos à saúde.

Sintomas:

  • Irritabilidade, estresse e depressão;
  • Pressão alta;
  • Colesterol alto;
  • Aumento do peso e inchaço;
  • Elevação dos níveis de açúcar no sangue;
  • Baixa imunidade;
  • Redução dos músculos;
  • Osteoporose;
  • Pele sensível;
  • Alterações hormonais em mulheres (aumento dos hormônios masculinos, alterações no ciclo menstrual e dificuldade para engravidar).

Cortisol baixo

O cortisol baixo frequentemente está relacionado ao consumo de corticoides como prednisona ou dexametasona por mais de 15 dias ou sua a suspensão abrupta. Outras causas possíveis são a disfunção das glândulas adrenais devido à depressão crônica, infecção, inflamação ou, também, à presença de algum tumor.

Sintomas:

  • Perda de apetite;
  • Pouca energia e fadiga;
  • Anemia e infecções frequentes;
  • Dores musculares e em articulações;
  • Pressão baixa;
  • Hipoglicemia (baixa concentração de açúcar no sangue);
  • Febre baixa.

O cortisol baixo em mulheres grávidas também pode provocar problemas no desenvolvimento dos órgãos do bebê, por isso deve ser providenciado o tratamento imediatamente caso confirmado o quadro.

O cortisol é indispensável para o funcionamento do sistema imunológico, para reduzir inflamações e principalmente para controlar os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial, portanto, esse hormônio está longe de ser um vilão.

Entretanto, assim como os demais componentes do organismo, o funcionamento correto do cortisol depende de um intervalo definido, ou seja, nem acima nem abaixo do normal.

Alimentação saudável, atividades físicas regulares, assim como boas relações pessoais e profissionais, são essenciais para vencer o estresse moderno e garantir sua qualidade de vida, mas tratamentos específicos também podem contribuir para uma saúde melhor nos dias de hoje.

Você já ouviu falar em modulação hormonal? Continue no blog e entenda mais sobre o assunto!

novembro 16, 2018

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